Sobredotação/Epilepsia


                                   SOBREDOTAÇÃO
Consideram-se como crianças com capacidade intelectual superior à média. Distinguem-se principalmente, pela perseverança, capacidade de trabalho e o empenhamento que colocam na realização de determinado objectivo. Uma grande curiosidade e imaginação são, por vezes, traduzidas em questões surpreendentes, gostos desconcertantes, a par de uma criatividade extraordinária. Os sobredotados são aqueles que têm capacidades extraordinárias, são capazes de realizar grandes performances e requerem programas curriculares diferentes. Mas estas crianças não são todas iguais, havendo diversos tipos de talento, no fundo “génios em diferentes áreas”.

Características
As características apresentadas servem apenas como um “guia de orientação”, algumas crianças possuem-nas, outras não.
- Linguagem em termos de vocabulário e gramática avançada para a sua idade;
- Aprendizagem rápida;
- Óptima memória para tudo o que lhe interessa;
- Boa aplicação dos conhecimentos;
- Grande facilidade com os números;
- Comentários sobre questões ambientais e/ou políticas;
- Compreensão de conceitos abstractos, como a morte ou o tempo;
- Interesses típicos de idades avançadas (tipo livros ou filmes);
- Resultados ou conhecimentos excepcionais numa determinada área;
- Desinteresse pelas actividades dos colegas da mesma idade;
- Busca da perfeição;
- Autoconfiança e grande perseverança;
- Grande curiosidade, criatividade e imaginação;
- Muito crítico consigo próprio e em relação aos outros;
- Maior facilidade em estabelecer relações com pessoas mais velhas;
- Dificuldades em integrar-se com os outros (prefere trabalho individual);
- Grande energia física;
- Variedade de interesses;
- Detesta a monotonia e a rotina;
- Independente (auto-motivado, aborrece-se com interferências no seu trabalho)
- Segue as normas/regras,
- Opinião claras sobre o certo e o errado;
- Pode evitar as pessoas, preferindo as coisas.

Problemas dos Sobredotados na ESCOLA:
- Não faz os trabalhos de caZa, porque detesta a rotina;
- Má apresentação dos trabalhos, porque pensa mais depressa do que escreve;
- Incapacidade em aceitar qualquer insucesso (baixa tolerância à frustração)
- Tenta monopolizar a sala de aula, porque tem ânsia de aprender;
- Salta de um interesse para o outro, porque tem ânsia de aprender;
- Crítica os outros e é intolerante para com os que infringem as normas, porque sendo exigente consigo próprio não entende porque os outros não o são.

Como identificar os Sobredotados?
- Através da informação fornecida pelos professores;
- Através dos resultados de uma bateria de testes psicométricos estandardizados (testes Q.I., Gates);
- Através da informação dos pais e pares.

 
- Talento físico;
- Habilidade nas artes visual e tecnológica;
- Liderança e consciência social;
- Índice de inteligência;
- Criatividade

Estratégias
- Permitir a curiosidade;
- Encoraje e aceite a fantasia guiada;
- Evite as críticas negativas, a troça, a humilhação;
- Permita ouvir e responder sem julgar e sem preconceitos;
- Forneça livros, revistas e outros recursos de leitura;
- Permita a partilha de entusiasmo;
- Encoraje a individualidade de cada criança;
- Ajude a estabelecer prioridades de tempo e energia;
- Aceite-o como ele é (ele não é o resultado de um teste);
- Ajude-o a aceitar-se e a reconhecer as suas limitações,
- Elogie e encoraje os seus pontos fortes;
- Não o compare como os outros, deixe-o ser ele próprio;
- Responda as suas perguntas com paciência e bom humor;
- Não exija mais do que ele pode dar;
- Elogie os seus esforços e trabalho;
- Dê-lhe um espaço para o seu trabalho e passatempos;
- Ensine-o a organizar o seu tempo e trabalho e a melhorar os hábitos de estudo (competências de estudo);
- Ajude-o a fazer os seus próprios planos e a tomar decisões.



A EPILEPSIA
A epilepsia é uma afecção crónica, sinal ou sintoma de uma desordem neurológica latente.
Em relação à identificação destes alunos, destacam-se aspectos como:

Os indivíduos podem, por um curto período de tempo, sofrer alterações de consciência, de movimentos ou de acções. Durante o qual as células cerebrais não funcionam adequadamente.

Os neurónios (células nervosas) geram permanentemente impulsos eléctricos. Esta actividade eléctrica ocorre, normalmente, de uma maneira organizada. Quando certos grupos de neurónios entram em actividade excessiva e hipersincrónica, ou seja, quando vários neurónios, entram em actividade eléctrica ao mesmo tempo, ocorre um distúrbio do funcionamento do sistema nervoso central. Estes episódios de descarga eléctrica anormal são chamados de crises epilépticas.

Os sinais de epilepsia, incluem momentos em que o indivíduo tem o olhar fixo, ou apresenta períodos de ausência inexplicáveis. Durante uma crise, o indivíduo perde o contacto com a realidade e só regressa, quando esta termina. Por vezes, é acompanhada de perda momentânea da consciência.

Uma crise pode também passar completamente despercebida, a quem se encontre por perto.

 

Uma criança em crise pode apresentar os seguintes sinais:


• Contracções musculares generalizadas ou localizadas

• Movimentos rítmicos com a cabeça

• Desvio do olhar para cima ou para o lado

• Movimentos rápidos de piscar os olhos

• Movimentos mastigatórios

• Ausência de resposta a uma solicitação verbal

• Episódios breves de olhar parado ou vago

• Crises de medo.

Estas crises podem evoluir com hiperextensão e contracções musculares (convulsões), perda súbita do tónus muscular, perda ou alteração temporária da consciência e alteração temporária do comportamento.

 

Medidas a tomar durante uma crise:
 
• Manter a calma e não tentar reanimar o aluno;

• Colocar o aluno no chão e pôr algo suave sob a sua cabeça;

• Virar o aluno de lado, a fim de manter as vias respiratórias desimpedidas;

• Permitir que o fluído existente na boca possa ser drenado;

• Remover os objectos duros, com arestas ou quentes da área mais próxima;

• Não tentar restringir qualquer movimento do aluno;

• Aliviar a pressão da roupa, desapertando-a;

• Não dar nada a beber ou engolir durante a crise

• Não forçar a boca do aluno para que esta se mantenha aberta, nem introduzir nela qualquer objecto;

• Não travar a língua do aluno, porque ele não a engolirá;

• Se o aluno caminha sem destino durante a crise, remover da área quaisquer objectos potencialmente perigosos.